20 de janeiro de 2011

Heptapoema

A carne sublima.
Feita pura razão,
A alma se eleva
E sangra.

Membros arrancados,
Gritos de horror,
Súplicas inúteis,
Sangue no jornal.
O crime.

Bebia para esquecer.
Melancólico,
Continuou a beber
E esqueceu de morrer.

Gira, gira, gira...
O invisível
Em movimento.

O ser
E sua negação.
O espírito.
Depois, o ser-aí.

Entre ser e parecer,
Entre ir e ficar,
Entre si e outro,
Duvidava.

Ao vir ao mundo,
O que se recebe
É absurdo.

19 de janeiro de 2011

Heterônomo

Calado, acato.
Pacato, aceito.

Resignação.

Reino onde não reino.

14 de janeiro de 2011

13 de janeiro de 2011

12 de janeiro de 2011

Hecatombe

Estamos morrendo,
Mas cada um a seu tempo
E a seu modo.

Fugir da hecatombe
É outra diáspora.

11 de janeiro de 2011

Hematomas

Quando nos acostumamos
Aos hematomas,
Eles resolvem
Desaparecer.