15 de maio de 2010

Oficina do sonhar II

Horas passam, olhos fitando o teto
Absorto em pensamentos divagantes
E em fantasias quase delirantes
Pairando inutilmente tal inseto

Aprisionado em meus próprios castelos
Edificados sem seus alicerces
Nos vãos por sobre as ilusões inertes
Em vão abrigam sonhos mais singelos

Procuro ferramentas no impossível
Há sonhos e ilusões em meu canteiro
Em abstrações, encontro meu concreto

Mas meu projeto é ilógico e falível
Desaba sobre mim meu cativeiro
Grande sonhador, péssimo arquiteto

(24/02/2009)

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