20 de janeiro de 2011

Heptapoema

A carne sublima.
Feita pura razão,
A alma se eleva
E sangra.

Membros arrancados,
Gritos de horror,
Súplicas inúteis,
Sangue no jornal.
O crime.

Bebia para esquecer.
Melancólico,
Continuou a beber
E esqueceu de morrer.

Gira, gira, gira...
O invisível
Em movimento.

O ser
E sua negação.
O espírito.
Depois, o ser-aí.

Entre ser e parecer,
Entre ir e ficar,
Entre si e outro,
Duvidava.

Ao vir ao mundo,
O que se recebe
É absurdo.